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sábado, 7 de agosto de 2010

O CARTÃO QSL

    Uma das mais sagradas instituições no mundo radioamadorístico é a troca de cartões QSL para confirmar os QSO realizados.

    Pelo menos o primeiro QSO deve ser confirmado com um cartão QSL. Situações especiais como nova faixa, modo ou local de operação podem merecer a remessa de outro QSL.

    No entanto, um QSL deve obedecer a critérios, nem sempre conhecidos de todos os radioamadores, o que NOS motiva escrever as orientações a seguir.

    A primeira coisa que se deve cuidar em um QSL é que ele tenha todos os itens obrigatórios para que seja válido como confirmação de um QSO e possa ser aproveitado para diplomas e classificação de estações em competições como o DXCC:

          a) indicativo da estação “dona do QSL”, sempre em destaque

          b) dados básicos do QSO

           indicativo da estação trabalhada, preferencialmente em destaque
           data do QSO
            hora do QSO, preferencialmente UTC (ou indicação do fuso)
            freqüência (indicando MHz ou banda)
            modo de operação
            reportagem RST

   Todos esses dados devem estar anotados sem borrões ou rasuras, que invalidam o QSL. Se errou, rasgue o QSL e faça outro.

   Outros dados são interessantes de se fazerem constar, apesar de não obrigatórios, seja para completar informação ou facilitar a utilização, por parte de quem recebe o QSL, para diplomas e certificados:
            nome do titular do indicativo
            endereço postal do titular e/ou indicação para remessa de QSL
            Grid Locator; coordenadas geográficas
            zonas ITU e CQ
            endereço de e-mail do titular
             validade para algum diploma
              local para indicativo do QSL manager da estação trabalhada

   Mas veja, isso é para um QSL normal. Se vai ser um QSL de expedição, de ativação de ilha, farol ou forte, algumas das informações opcionais tornam-se obrigatórias, dependendo de qual entidade vai reconhecer sua operação, por exemplo:
               operação em ilhas: IOTA e AIE: no QSL deve ter o nome da ilha e o código da ilha em cada entidade
               operação em faróis: ARLHS, WLOTA e AEI: nome do farol, código do farol e, se em ilha, nome e código da ilha
               operação em fortificações: AEI: código da fortaleza

    Agora você vai cuidar da “arte” de seu QSL. Nesse ponto entra toda sua criatividade, mas procure evitar fotos ou desenhos que provoquem qualquer constrangimento a quem vai recebê-lo. Não use caricaturas que denotem qualquer preconceito nem fotos de pessoas nuas ou com pouca roupa (lembre-se que seu QSL vai rodar o mundo e os costumes de outros povos são diferentes dos nossos). Se pertence a alguma entidade radioamadorística, coloque seu logotipo no QSL, mas antes certifique-se que não há restrições quanto ao seu uso.

   Antes de mandar imprimir, faça uma prova e veja se texto e fotos não encobrem um aos outros e se o texto fica legível, considerando tamanho da fonte e cor.

   As dimensões recomendadas para um QSL são: largura 140 mm e altura 90 mm. O formato postal já foi muito utilizado, mas encontra-se em desuso.

   A gramatura do papel do QSL deve ser de 250 g/m2. QSL em papéis muito finos danificam-se facilmente no manuseio dos bureaux e no arquivo dos destinatários. Os confeccionados em papel mais grosso tornam mais cara a remessa, tanto via direta como via bureau, que também se utiliza dos correios para envio dos cartões.

   É essencial que você envie os QSL. Nada de somente retribuir QSL recebido. Tome a iniciativa de enviar os seus, independentemente de receber o do colega.

   Não se esqueça de enviar um exemplar de seu QSL para o Arquivo Histórico do Radioamador Brasileiro (www.radioamador.org.br)

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Orlando Perez Filho .·. PT2OP

Diretor de Radioamadorismo


LABRE Nacional

   Eu acrescentaria "Não esqueça de assinar o QSL".

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